quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A morte nos espreita

Caro leitor, estou muito preocupado com essas tais gripes que parecem estar surgindo por aí. Ela me deixaram num estado de espírito um tanto quanto hipocondríaco, sem gravidade, entretanto me deixou numa condição pouco usual, a reflexão sobre a morte, a última vez foi quando meu avô fora internado. Não morreu, mas me fez pensar.
Como somos frágeis em relação a isso. Ontem mesmo, pela noite, eu assistia o 'E24', programa da Bandeirantes a respeito do cotidiano nos prontos-socorros, e vi o caso de um menino com apendicite. Os pais ficaram destruídos pela notícia de uma cirurgia de emergência, mas mesmo quando o menino já estava no quarto, eles continuavam abalados. A possibilidade da morte assusta e é absolutamente terrível para os que não a esperam.
E quantos são os que fingem que ela não existe. Principalmente os jovens. Morreremos algum dia, em algum lugar, de alguma coisa. Admitir isso é bom, tendo em vista que alguns problemas passam a se tornar pequenos. Ficar bravo por ter de esperar na fila do banco, por exemplo. Eu, que já admiti a morte, não me incomodo com isso. Minha vida é preciosa demais para coisas tão pequenas, ao falar de morte eu acabei falando de vida.
E proponho para você algo um pouco diferente. Imagine que segundos antes de morrer, o tempo pare e então começe a passar diante de você um filme com a história de sua vida, e ao acabar o filme, o tempo volta a correr e você morre. Será que você, hoje, gostaria do filme que passará? A sua vida realmente o satistaz? Talvez não. Talvez você tenha feito coisas que ao analisar com calma você dificilmente faria de novo. Uma briga, um estado de espírito, uma oportunidade perdida. Será que isso lhe agradará, meu caro leitor?
Então, paro por aqui, tenho ainda muitas coisas para fazer hoje, mas encerro com dois pessamentos latinos, que podem até parecer opostos mas na verdade são complementares. 'Carpe diem' e 'memento mori'. Para que você viva bem, lembra da morte.

Um comentário:

  1. bem observado, pants. mas veja que os orientais não se abalam tanto assim com a idéia de morte. eu, vou ser sincero, não tenho medo de morrer, mas morro (rsrsrs) de medo de perder quem eu gosto.

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