sábado, 5 de dezembro de 2009

Aventuras Quixotescas

Leitor, uma ou duas semanas atrás eu fui até uma livraria e comprei uma obra muito famosa da literatura mundial, "Don Quijote de la Mancha", em espanhol, já que quero de alguma maneira me conectar com a língua. Ainda não começei a ler a obra, visto que ainda estou lendo o prefácio, mas alguma coisa me chamou a atenção de maneira especial para essa introdução, uma análise ao respeito da loucura do Quixote.
Se bem entendi, a loucura  começa quando o Quixote, ao ler muitas novelas de cavalaria, acha que é um cavaleiro medieval e tenta viver de acordo com as novelas. Ele vê nos rebanhos exércitos de inimigos, nos moinhos de vento gigantes e nas camponesas belas damas que acompanham sua amada a princesa Dulcinéia (que não passa de uma invenção sua). Depois de um tempo, ao perceber que estava fazendo sandices, o Quixote passa a acreditar que feiticeitos é que tinham transformado os gigantes, exércitos e as damas em moinhos, rebanhos e camponesas.
Leitor, perceba que existem algumas pessoas que se comportam como o Quixote. Vão em busca de ideais iverossímeis. Travam batalhas que nunca existiram e ao final culpam seu fracasso devido a presença de um terceiro, que é desconhecido de todos (o feiticeiro...).
Podería-se falar de várias situações como estas, mas eu gostaria de atentar para duas.
Em primeiro a política: A personalidade cria inimigos, como os EUA, a burguesia, a Igreja Católica ou então o FHC. Daí vão encontrar lutas que não existem, como a necessidade de separar os cidadãos por cores com cotas raciais, ou então contra as chuvas e raios que colocam 60 milhões de pessoas na escuridão. Por fim, percebendo o erro, a culpa é da mídia golpista ou da oposição que não quer que o país avance.
Devo pedir desculpas pelo desabafo, mas é tudo muito quixotesco. Da mesma forma, o sonhador vive: busca ideias absurdos, enfrenta situações ridículas e ao final a culpa do fracasso é do mundo, que não compreende a sua situação, mesmo por que "O mundo é cruel...".
Eu decidi que "Don Quijote de la Mancha" será em minha vida apenas uma ilustre obra literária. Se há quem vai querer vivê-la, não me resta nada senão rir da desgraça alheia.

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