segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Um futuro hi-tech? (...) Balela!

Leitor, você já deve ter visto vídeos simulando como será o futuro daqui alguns anos. Haverá transmissão de energia sem fio, haverá celulares que reconhecem pessoas, lousas que se conectam com pessoas de diferentes partes do mundo, aulas computadorizadas. Até mesmo quem sabe, um download cerebral ou mesmo máquinas que substituiriam para sempre a necessidade da memória.
É tudo balela.
A transmissão de energia sem fio (ou wireless) é conhecida desde a época de Tesla, nos anos 30. Esse prestigiadíssimo engenheiro elétrico que hoje tem uma unidade do sistema internacional em sua homenagem, nunca conseguiu viabilizar qualquer projeto comercial dessa tecnologia. Talvez o motivo seja simples: os campos elétricos decaem de intensidade com o quadrado da distância. Se a 1m da fonte a tensão é 4X, a 2 metros será de X. Podem até tentar canalizar isso para alguns sensores espalhados pelo ambiente que enviariam a energia diretamente para o equipamento, mas não acredito que isso se torne comercial já que para transmissão de energia haveria a necessidade de disparar ondas eletromagnéticas potentes pelo ambiente, o que provavelmente poria a saúde dos usuários em risco.
Balela, é isso que é.
Sem dúvida alguma já existe tecnologia para fazer celulares com a capacidade de reconhecer faces, mas o uso dessas máquinas seria catastrófico para o intelecto humano. Não usar a memória é a primeira condição para deixá-la 'fraca'. Tanto é verdade que já se associa o mal de Alzheimer com a falta de uso do cérebro e com rotinas repetitivas. Outro motivo muito simples é que tirar o celular do bolso e apontar para uma pessoa para descobrir quem seja deve ser um tanto que inusitado, e provavelmente rídiculo. Imagine numa festa alguém assim. Certamente pensaram que essa pessoa é um fotógrafo, já que eu nunca vi ninguém com o celular em punho para fazer alguma coisa em uma festa senão fazer uma ligação ou mandar/receber mensagens.
De novo, é balela, conversa para boi dormir.
Aulas computadorizadas? Você acha que realmente funcionaria? Eu acho que não. E o meu argumento é muito simples: você já viu uma aula de Power Point mal feita? Se sabe, eu nem preciso argumentar. A interatividade também é algo perigoso a ser considerado. Houve um projeto, uns anos atrás, em que o governo brasileiro deu notebooks de 200 dólares para crianças dos primeiros anos do ensino fundamental. O resultado foi [ironia] muito [/ironia] revelador: as crianças em vez de estudar, usavam os computadores para brincar. É o que vai acontecer se a onda hi-tech invadir as escolas.
Eu disse, eu avisei que era tudo balela.
O pior de tudo, mesmo, são os downloads cerebrais. Se existe Deus e a doutrina cristã chega perto de uma boa conduta, isso jamais será possível. Contraria a regra mais básica, que é a do melhoramento através do esforço próprio. Mas deixemos a religião de lado. Erros existem em obras respeitadas, eles também existiriam nos arquivos para baixar no cérebro. E informação errada pode ser fatal, tal qual não reconhecer um aviso de uma placa de trânsito ou então achar que para trocar a resistência de um chuveiro não é necessário desligar a tensão da casa. Sem falar que se houver um bug no programa podem ser baixados apenas estrinhas, asteriscos, sifrões e quadradinhos vazios para dentro do cérebro, como numa geração mal feita de PDF.
Leitor, não fique muito animado com a tecnologia que um dia poderá estar na sua mão. A maioria das invenções morrerá antes mesmo de ser lançada ou terá uma vida curta, tal o fax. E lembre-se que todo componente de tecnologia tem seu funcionamento diretamente a algo que não pode ser melhorado por empresa nenhuma, que é o usuário final.
E mais uma vez, É TUDO BALELA.

3 comentários:

  1. Fico muito aliviada em saber que meu cérebro (nem do meu filho e talvez neto(s)) será substituído por um mini-moden.. ah se fico...

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  2. tudo balela mesmo sahsausahasuas
    BEijão =*
    e to te seguindo aqui já =D

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  3. Eh, concordo em alguns pontos. Mas a energia sem fio está sendo pesquisada no MIT e é o maior gasto em pesquisa da faculdade. =)
    Mal aí pantera, mas vai sair SIM.
    E... Poxa, chamar TESLA de TESTA é sacanagem HUAUHAHUHAUA
    Abraço meu caro

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