terça-feira, 29 de dezembro de 2009

2010, número divisível por 3

Você sabia, caro leitor, que ao somar os algarismos de um número caso o resultado seja um número também divisível por 3, então o número é divisível por 3. O mesmo acontece para o 9. Mas isso são curiosidades que todos sabem.
O ano de 2010 me parece que será um ano de muita euforia pelas eleições e também por um crescimento econômico estimado em 5,8%. Mas eu estou com um receio danado do ano que vem. Não sei por que, mas eu não vejo as eleições com muita confiança. Tenho medo de que o tom tenda para o extremismo vermelho, e então comece a haver tensões típicas de guerra civil. Mas eu estou um pouco apocalíptico.
O que deve mesmo acontecer é que o senado se renove com pessoas piores do que lá estão. O mesmo para as câmaras de deputados, federal e estaduais. Também é possível que os administradores eleitos não sejam bons, mas sim demagogos, que se aproveitam de pequenos anseios da população mais humilde, como o emprego, a moradia, saúde e segurança para fazer uma campanha inflamada, porém vazia de um plano para o melhoramento da sociedade.
Até lá, eu vou assim do jeito que estou. Sei que 2010 é um número divisível por 3. Mas não tenho idéia do que o segundo milésimo primeiro ano do calendário gregoriano pode reservar para nós (quem sabe não reserve nada, talvez seja apenas uma continuação tonta do ano anterior).

sábado, 26 de dezembro de 2009

Mensagem de Fim de Ano 2009

Leitor, perceba que eu não coloquei no título desta postagem o número do ano de 2010. Isso aconteceu por um motivo muito simples, eu não desejava mencionar tal número.
As pessoas em geral tem a mania de viver o futuro. Vivem o dia em que vão ir para a praia, o dia em que vão receber seus preciosos salários, o dia do feriado prolongado, o dia do aniversário, o Natal, o Ano Novo. E com isso esquecem de fazer algo muito óbvio, que é viver o presente.
Não o incentivo, caro leitor, ao abandono dos planos, mas sim a conclusão dos projetos que você já começou. Não é necessário fazer promessa para emagrecer se nem a do ano passado não foi cumprida. O mais simples é terminar aquilo que foi começado.
Com isso, desejo a você uma ótima festa de ano novo, mas tenha em mente que isso não é nada demais. É só mais um dia com uma festa para comemorar a passagem do tempo. Ou uma desculpa para se embriagar na praia e falar para as pessoas com as quais brigou o ano inteiro "que te considero muito..." (ou então a bebida considera...).
Gostaria de dar alguns conselhos, que sinceramente eu já acho inútil, tendo em  vista que a audiência deste blog está ao ponto em que d(contador)/dt<0, mas cuidado com as águas vivas. Se alguma lhe queimar, lave o local com água do mar ou vinagre (água doce piora a queimadura). Se algum bêbado lhe encher o saco, brinque de esconde esconde (e faça o bêbado bater cara). E se algum blogueiro chato vier lhe incomodar, é só comentar que ele se assossega, chega até mesmo a ser uma boa ação com um escritor/poeta frustrado.
Feliz 2009, por enquanto, já que 2010 começa apenas em 1º de janeiro.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal 2009

Embora isso possa parecer um pouco estranho, por se tratar de uma mensagem vinda de mim, o Natal não é apenas um feriado para trocar presentes. É uma festa religiosa, e não se lembrar de seu real significado é algo terrível, como de repente começar a dançar no meio da multidão sem razão aparente.
O Natal representa o nascimento do menino Jesus, o salvador do mundo. Sua vinda é uma fonte de esperança pois Deus enviou seu próprio filho para vir para o mundo. E de alguma forma, que eu ainda não compreendo muito bem, ele nos salvou. A mensagem cristã, pacífica e conciadora veio a tona numa época de paganismo e guerra (na plena condição do império romano). Entretanto, eu não quero falar dos detalhes da história.
O Natal é tempo de esperança. Tempo de renovar a vida. Se você tem pendências, eis uma ótima ocasião para resolvê-las. Não há ato imperdoável se você aprender a perdoar. Então leitor, dou mais uma vez um conselho que eu gosto muito: Dance, leitor, dance, antes que você já não possa mais dançar. E com pendências resolvidas, é mais fácil dançar acompanhado.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Eu detesto a má poesia

Leitor, já disse isso antes, mas a má poesia eu não suporto. Não aguento ver  versos brancos e soltos em qualquer nexo espalhados por uma página, por vezes centralizados e dispostos de tal maneira que é impossível observar o poema e compreendê-lo, simplesmente por que é uma arte defeituosa, que não tem forma nem mensagem.
Tem uns poeminhas do tipo romântico, de confissão. Extremamente chatos. O eu lírico fica remoendo suas mágoas afim de usar o poema como se fosse uma terapia, mas o que sai não é um poema nem uma terapia, mas sim um lixo jogado por aí.
E nos poemas, tem figuras de linguagem. Como metáforas ininteligíveis seguidos por comparações insólitas jogadas e desconectadas do todo. E é tudo que existe no poema. Não há gradações, hipérboles, elipses ou eufemismos. É uma linguagem pobre, sem qualquer erudição.
E o culpado de tudo isso é a internet, mais especificamente, o blog. Qualquer pseudopoeta pode criar um blog para divulgar seus textos como se eles fossem trazer ao mundo uma nova estética para a poesia, mas não vão.
Por fim, encerro com uma boa poesia, feita por Fernando Pessoa (ortônimo)

Mar português


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos,quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador.
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

domingo, 20 de dezembro de 2009

E agora?

Leitor, é esta a pergunta que eu me fiz, poucos instantes antes de eu começar a escrever este pequeno texto, após terminar, enfim, de ler o último livro da série Harry Potter. Agora eu já li todos, não sobrou muita coisa para fazer. Parece estranho, mas eu tenho um certo problema para lidar com o fim das coisas. Talvez por que eu não queira que elas acabem, mas a cada dia que passa, mais se afinca em meu íntimo o pensamento que nada é imutável, que todas as coisas vão mudar a qualquer hora e que nunca mais serão as mesmas. Instituições mudam, pessoas mudam, vidas mudam, inclusive eu.
Eu mudo, penso e concordo. Talvez eu esteja mesmo é mudo, mas isso já não faz diferença alguma. Eu envelheço e morro a cada dia, e cada vez mais eu me apago, para que surja um novo eu. Resta saber se o novo é realmente melhor que o velho ou se é mais um velho, passando-se por novo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

102 anos de Niemeyer

Hoje, entrei na página de "O Estado de São Paulo" e deparei-me com uma notícia muito interessante. Hoje, 15 de dezembro, é aniversário de Oscar Niemeyer, um importante arquiteto brasileiro. Entre suas obras estão o parque do Ibirapuera, a lagoa da Pampúlia, Brasília, O Memorial da América Latina e outros.
Sua obra é mais do que conhecida no Brasil e talvez no mundo também, mas falar isso é chover no molhado.
Niemeyer é um exemplo de vida, de profissional. Mesmo aos 102 anos continua trabalhando.
Parabéns ao arquiteto.
Veja fotos de suas obras na página da Wikipedia.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Uma propaganda

Ontem, sexta-feira, eu comprei uma revista relativamente nova no mercado editorial brasileiro (ainda no sexto número), mas já de prestígio internacional, a "Revista Conhecer", ou a "Knowledge", editada pela BBC.
Eu gostei muito da revista já que tinha fotos muito boas e matérias a respeito de ciência escritas de forma muito boa. Mas o que me chamou a atenção foi uma propaganda da Pós-graduação do Makenzie, no verso da revista, que transcrevo a seguir (desculpem não ter encontrado a imagem para postar).
Imagine um computador 2 mil vezes mais lento que o seu, com a mesma capacidade de processamento de uma calculadora digital.
Ele é a sua única ajuda para pousar na Lua.
Em julho de 1969, mais de 1 bilhão de pessoas assistiram a um dos momentos mais importantes da história: a chegado do homem à Lua.
Para fazer isso, os astronautas da Apollo 11 contavam com um computador extremamente avançado para a época, mas com a mesma capacidade de processamento de uma calculadora de bolso atual. Por causa de uma falha, o alarme do computador começou a disparar. Além disso, ele colocou o módulo lunar na direção de um campo rochoso, ao lado de uma enoreme cratera.
Neil Armstrong, um experiente piloto, decidiu não correr nenhum risco e pousar longe dali. Mas teria que fazer isso sem a ajuda do computador. Então, a poucos metros do solo, ele assumiu completamente o controle manual da nave e voou para longe dali, passando sobre enormes crateras e rochas. Armstrong fez um pouso perfeito, com apenas 20 segundos de combustível sobrando.
O resto é história. Um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade. A prova de que mesmo a mais avançada tecnologia não significa nada sem o conhecimento humano.
Quem tem conhecimento supera qualquer obstáculo. Faça pós-graduação Mackenzie.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Quando tem de ser, é

Leitor, você certamente se depara com algo raro agora nesta postagem. É a primeira vez em um ou dois meses que eu posto alguma coisa no meio da semana, mesmo com preocupações com provas e etc. Mas o assunto deste texto não são provas ou problemas acadêmicos, mas sim uma compilação das, se se pode chamar assim, 'desventuras' que eu tive na minha jornada através das rodoviárias neste último fim de semana.
Para começar, na sexta, dia 4, tive que ir até a rodiviária para pegar o ônibus para minha querida cidade natal, o fato é que rodoviária é um lugar de alto número de circulação de pessoas, entre elas as mais variadas formas de pessoas. E uma delas, um bêbado (ou louco delirante) me abordou. Queria saber onde era a plataforma de embarque para o seu destino. Eu disse e ele ficou com a conversa de sempre "que você tenha muita saúde, que sua família esteja sempre bem, te considero muito...". E não parou por aí. O homem ai pegar o meu ônibus. Embarcamos de maneira normal, o homem começou a dar alguns problemas para o motorista, que o advertiu. Ele sossegou e a viagem foi tranquila (na verdade dormiu, sendo que de vez em quando resmungava alguma coisa). Isso foi na sexta.
No domingo aconteceram mais dois fatos dignos de atenção.
O primeiro, na rodoviária de minha cidade, ao embarcar no ônibus de volta, deparei-me com um grupo de ciganas no meio da rodoviária. Não houve problemas mas olhar para aquelas pessoas era de alguma forma desconfortável. Eram sujas, tinham crianças de colo que ficaram soltas e faziam de tudo um pouco (eram crianças), tinham roupas coloridas de uma forma diferente e chamativa e além disso, emporcalhavam o chão com os restos de comida (no caso, pães).
Por fim, ao chegar ao meu destino final e quando eu já estava no ponto do circular, eis que apareceu a coisa mais curiosa das três: um menino com lepra. Ele já estava cadeirante e só percebi sua doença pois olhei para seu pé, descoberto, e vi as marcas na pele. Era pobre, a avó o levava, junto de mais um neto e um homem que eu não consegui identificar com a conversa que ouvi. Falavam da mãe do menino, que não cuidava dele, embora a criança leprosa não percebesse assim. No fim das contas um fato triste.
Mas não adianta fazer nada com respeito a esses tipos na sociedade. Já tentaram, sem muito êxito, usar hospícios, leprosários e campos de concentração. A diferença, embora segregada, ainda existe. Durante a segunda guerra (e em outros momentos da história) até que tentaram esterilizar essas pessoas, mas vieram os aliados e a experiência acabou.
De qualquer forma, é duro ser o indesejável, mas é ainda mais duro livrar-se do preconceito.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Aventuras Quixotescas

Leitor, uma ou duas semanas atrás eu fui até uma livraria e comprei uma obra muito famosa da literatura mundial, "Don Quijote de la Mancha", em espanhol, já que quero de alguma maneira me conectar com a língua. Ainda não começei a ler a obra, visto que ainda estou lendo o prefácio, mas alguma coisa me chamou a atenção de maneira especial para essa introdução, uma análise ao respeito da loucura do Quixote.
Se bem entendi, a loucura  começa quando o Quixote, ao ler muitas novelas de cavalaria, acha que é um cavaleiro medieval e tenta viver de acordo com as novelas. Ele vê nos rebanhos exércitos de inimigos, nos moinhos de vento gigantes e nas camponesas belas damas que acompanham sua amada a princesa Dulcinéia (que não passa de uma invenção sua). Depois de um tempo, ao perceber que estava fazendo sandices, o Quixote passa a acreditar que feiticeitos é que tinham transformado os gigantes, exércitos e as damas em moinhos, rebanhos e camponesas.
Leitor, perceba que existem algumas pessoas que se comportam como o Quixote. Vão em busca de ideais iverossímeis. Travam batalhas que nunca existiram e ao final culpam seu fracasso devido a presença de um terceiro, que é desconhecido de todos (o feiticeiro...).
Podería-se falar de várias situações como estas, mas eu gostaria de atentar para duas.
Em primeiro a política: A personalidade cria inimigos, como os EUA, a burguesia, a Igreja Católica ou então o FHC. Daí vão encontrar lutas que não existem, como a necessidade de separar os cidadãos por cores com cotas raciais, ou então contra as chuvas e raios que colocam 60 milhões de pessoas na escuridão. Por fim, percebendo o erro, a culpa é da mídia golpista ou da oposição que não quer que o país avance.
Devo pedir desculpas pelo desabafo, mas é tudo muito quixotesco. Da mesma forma, o sonhador vive: busca ideias absurdos, enfrenta situações ridículas e ao final a culpa do fracasso é do mundo, que não compreende a sua situação, mesmo por que "O mundo é cruel...".
Eu decidi que "Don Quijote de la Mancha" será em minha vida apenas uma ilustre obra literária. Se há quem vai querer vivê-la, não me resta nada senão rir da desgraça alheia.