Sofrendo na viagem

Leitor, sabe aquele dia em que você quer que dê tudo certo, mas dá tudo errado? Foi assim minha quarta feira. Ela foi monótona e desgastante. Um sério indício que o ócio está a ponto de atingir níveis máximos até amanhã. Mas o motivo principal não é meu ócio ou então minhas férias desapontantes. O motivo foi uma viagem do cão que tive de fazer.

Viajei do lado de um gordo.

E na verdade era um obeso mórbido que ocupava além do espaço de sua poltrona no ônibus, mais meia poltrona para cada lado. Então fiquei espremido entre o gordo e a janela. Nem preciso dizer que foi desconfortável. Após um certo tempo de viagem, até mesmo dolorido devido a postura que tive de assumir. Mas foi super irritante e eu não tinha escapatória, visto que o ônibus estava cheio. E não é tudo. O gordo parecia cheirar mal e se percebi bem, algumas vezes soltava uns puns.

Entretanto a viagem ainda teve mais bizarrices. Embarcaram no ônibus um casal de, acredito eu, de mulçumanos. A mulher estava toda coberta e na cabeça o véu. O marido também usava uma roupa que cobria o corpo todo, como se fosse um camisolão, além de um chapéu peculiar. Até aí, não vi problemas. Mas difícil é aguentar três meninos do seu lado caçoando do casal. "É o sheik do petróleo" dizia um, "É um terrorista" dizia o outro. Foio extremamente desconfortável assistir aquilo. Sorte que o casal estava longe e não ouviu as brincadeiras de mau gosto.

E por fim, só para divertir, houve uma família (mãe, filho grande e filho pequeno) que ao descer do ônibus foi protagonista de algo insólito. O filho pequeno abaixou as calças sem qualquer pudor e então começou a regar as plantas do asfalto, deixando a mostra seu instrumento para os passageiros verem (é claro que ele não queria chamar a atençao, tinha uns 4 anos). Mais insólito ainda é perceber que o menino ainda tinha fimose e que a mãe ao presenciar aquilo continuou falando no celular.

Bem, caros leitores, a experiência de hoje foi esta. Até mais!